Biologia evolutiva do desenvolvimento de artropodes: uma visão brasileira
Resumo
Os artrópodes possuem o maior número de espécies dentro do reino animal e possuem também uma grande variabilidade morfológica. No Brasil, nosso grupo tem focado em estudar o desenvolvimento embrionário de organismos pertencentes ao filo Arthropoda, particularmente de organismos vetores de doenças ou causadores de grandes prejuízos econômicos, como as pragas de estocagem. Estes estudos têm revelado similaridades e diferenças na biologia do desenvolvimento dos artrópodes. Entre os estágios embrionários conservados encontra-se a banda germinal, que é bastante similar para todo o grupo (estágio filotípico), enquanto que os estágios iniciais, sob influência maternal e os estágios finais da embriogênese, são mais distintos. Estes resultados, junto com demais resultados da literatura, evidenciam uma história evolutiva comum e a constituição de um grupo monofilético dentre os artrópodes. Com o desenvolvimento de novas tecnologias e o surgimento da Biologia Evolutiva do Desenvolvimento (EVO-DEVO), tem sido possível investigar o controle morfogenético do desenvolvimento embrionário e pós-embrionário, comparando grupos taxonômicos distintos. No presente trabalho discutiremos a importância de ter outros organismos modelo além da mosca-da-fruta (Drosophila melanogaster) para estudos de biologia do desenvolvimento de artrópodes. Estes estudos incluem espécies de interesse médico como o hemiptera Rhodnius prolixus e o carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus (Acari: Ixodidae) bem como pragas de estocagem, o besouro Tribolium castaneum (Coleoptera).
Publicado
2016-12-19
Como Citar
ALVARENGA, Alessandra da Silva de et al.
Biologia evolutiva do desenvolvimento de artropodes: uma visão brasileira.
Acta Scientiae et Technicae, [S.l.], v. 4, n. 2, dez. 2016.
ISSN 2317-8957.
Disponível em: <http://www.uezo.rj.gov.br/ojs/index.php/ast/article/view/152>. Acesso em: 28 mar. 2024.
doi: https://doi.org/10.17648/uezo-ast-v4i2.152.
Edição
Seção
Artigos