Investigação química da espécie Avicennia schaueriana
Resumo
Há uma crescente procura por produtos obtidos de fontes naturais e algumas indústrias têm criado linhas próprias de produtos desenvolvidos a partir de matérias-primas encontradas na biodiversidade brasileira. O objetivo deste trabalho foi estudar a química de uma espécie de Acanthaceae. As folhas de Avicennia schaueriana foram secas e rasuradas e, em seguida, submetidas à maceração estática e extraídas exaustivamente com etanol. O extrato etanólico foi submetido à partição líquido-líquido com solventes orgânicos de polaridades crescentes, resultando em quatro fases distintas: hexânica, diclorometânica, acetato de etila e butanólica. Após a extração, a fase hexânica passou por cromatografias (CC, CCD, CG-EM) afim de separar e analisar os resultados. A análise por CG-EM (coluna DB-5MS, injetor a 270°C, interface a 230°C, com rampa de temperatura de 60 a 290°C, variando 10°C∕min) permitiu verificar a presença do diterpeno fitol e do triterpeno α-amirina, os quais terão sua potencialidade antifúngica analisada posteriormente.
Referências
ANTUNES, A.; PEREIRA, Jr. N.; EBOLE, F. M. 2006. Gestão em biotecnologia. Cap. “A biodiversidade brasileira”, p. 90.
BERBERT, P.R.F. & CRUZ, P.F.N. 1984. Níveis residuais de BHC (HCH) nos principais rios e lagos da região cacaueira sul da Bahia, Brasil. In: Encontro Nacional de Analistas de Resíduos de Pesticidas, Resumos, p.55. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz.
CHOWDURY, M.N.A.; RAHIM, M.A. 2009. Integrated crop management to control anthracnose (Colletotrichum gloeosporioides) of mango. Journal of Agriculture and Rural Development, v. 7, n. 1 e 2, p.115-120.
FANDIN, K.M. & YOUNG, M.C.M. 2015. Antifungal potential of Avicennia schaueriana Stapf & Leech. (Acanthaceae) against Cladosporium and Colletotrichum species. Letters in Applied Microbiology 61, p. 50—57.
KNOGGE W. 1996. Fungal Infection of Plants. Plant Cell. Oct;8 (10) p. 1711–1722.
MIGUEL, M. D.; MIGUEL, O.G. 2004. Desenvolvimento de fitoterápicos. São Paulo: Tecmedd, p. 115.
OLIVA, A., MEEPAGALA, K.M., WEDGE, D.E., HARRIES, D., HALE, A.L., ALIOTTA, G. and DUKE, S.O. 2003. Natural fungicides from Ruta graveolens L. leaves, including a new quinolone alkaloid. J Agric Food Chem 51, p. 890–896.
RAMPERSAD, S.N. and TEELUCKSINGH, L.D. 2012. Differential responses of Colletotrichum gloeosporioides and C. truncatum isolates from different hosts to multiple fungicides based on two assays. Plant Dis 96, p. 1526–1536.
SHUKLA, V.K; RASTOGI, A.N; ADUKIA, T.K; RAIZADA, R.B; REDDY, D.C.S. & SINGH, S. 2001. Organochlorine pesticides in carcinoma of the gallbladder: a case-control study. European Journal of Cancer Prevention, v.10, p.153-156.
SILVA, M. B.; MORANDI, M. A. B.; PAULA JÚNIOR, T. J.; VENZON, M.; FONSECA, M. C. M. 2010. Uso de princípios bioativos de plantas no controle de fitopatógenos e pragas. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 31, n. 255, p. 70-77.
WALLER, J. M.; BRIDGE, P. D. 2009. Recent advances in understanding disease of some tropical perennial crops. In: PRUSKY, D.; FREEMAN, S.; DICKMAN, M. B. (Ed.).Colletotrichum:Hostspecificity, Pathology,andhost-pathogeninteraction. St. Paul, Minnesota: APS Press, 2 ed., cap.20, p. 337-345.