Escherichia coli uropatogênica carreadora de blaCTX-M de pacientes ambulatoriais no Rio de Janeiro

Escherichia coli uropatogênica carreadora dos genes blaCTX-M-1,2 no Rio de Janeiro.

  • Maria Clara de Freitas Oliveira Universidade do Estado do Rio de Janeiro, campus Zona Oeste (UERJ-ZO).
  • Anna Luiza Bauer Canellas Laboratório de Bacteriologia Molecular e Marinha, Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Gabrielle da Silva Oliveira Alves Laboratório de Bacteriologia Molecular e Marinha, Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
  • Cláudia Rezende Vieira de Mendonça e Souza, Profa. Dra. Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF)
  • Thiago Pavoni Gomes Chagas, Prof. Dr. Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF)
  • Gabriel Gomes do Rosario Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Claudio M. Rocha Souza FIOCruz
  • Ana Paula D’Alincourt Carvalho-Assef FIOCruz
  • Marinella da Silva Laport, Profa. Dra. Laboratório de Bacteriologia Molecular e Marinha, Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Flávia Lúcia Piffano Costa Pellegrino Laboratórios Integrados de Pesquisa em Bactérias Resistentes aos Antimicrobianos e em Desenvolvimento Galênico (LIPE), Unidade de Farmácia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, campus Zona Oeste (UERJ-ZO).

Resumo

Escherichia coli uropatogênica (UPEC) é o patógeno Gram-negativo mais isolado como causa de infecção no trato urinário (ITU). Cepas de UPEC resistentes aos antimicrobianos têm sido detectadas no mundo todo. O elevado número de prescrições de antibióticos para tratar a ITU, incluindo antimicrobianos da classe dos beta-lactaâmicos, está diretamente associado ao aumento das taxas de resistência de uropatógenos aos antimicrobianos e à disseminação de genes de resistência. Em Escherichia coli, a produção de enzimas beta-lactamases de espectro estendido, conhecidas como ESBLs constitui o principal mecanismo de resistência a antimicrobianos da classe dos beta-lactâmicos, sendo a ESBL do grupo CTX-M a mais prevalente entre amostras de UPEC isoladas no Rio de Janeiro. O objetivo do presente estudo, portanto, foi investigar a presença de genes que codificam ESBLs do tipo CTX-M em cinquenta e três amostras de UPEC recuperadas de pacientes diagnosticados com ITU, atendidos no ambulatório de um hospital público da região metropolitana do Rio de Janeiro, entre maio e junho de 2019. As amostras foram identificadas por MALDI-TOF MS. A presença dos genes blaCTX-M-1,2; blaCTX-M-8 e blaCTX-M-14, foi investigada através da reação em cadeia da polimerase (PCR). Todas as amostras foram identificadas e confirmadas como Escherichia coli. Um total de 12 amostras (23%) foram positivas para os genes blaCTX-M-1,2 mas os genes blaCTX-M-8 e blaCTX-M-14 não foram detectados entre as amostras do estudo. Este achado corrobora com dados da literatura que mostram que CTX-M é a ESBL prevalente em UPEC no Rio de Janeiro e evidencia a crescente dificuldade encontrada pelos clínicos para tratar casos de ITU por UPEC, devido à resistência antimicrobiana.


 Palavras-chave: Escherichia coli uropatogênica; CTX-M; resistência bacteriana; infecção do trato urinário.

Publicado
2024-03-18
Como Citar
OLIVEIRA, Maria Clara de Freitas et al. Escherichia coli uropatogênica carreadora de blaCTX-M de pacientes ambulatoriais no Rio de Janeiro. Acta Scientiae et Technicae, [S.l.], v. 12, p. 19 - 29, mar. 2024. ISSN 2317-8957. Disponível em: <http://www.uezo.rj.gov.br/ojs/index.php/ast/article/view/386>. Acesso em: 27 set. 2025.
Seção
Artigos