Ciência Sem Fronteiras- Inscrições abertas para graduação sanduiche
O Programa Ciência sem Fronteiras abriu inscrições para graduação-sanduíche nas seguintes áreas, contempladas pelo programa: ciências exatas, matemática, química e biologia, engenharias, áreas tecnológicas e da saúde. São oportunidades para estudo em 21 países: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, China, Coréia do Sul, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Japão, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Reino Unido e Suécia, para estudantes
De acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), as inscrições são até 30 de setembro, no site do programa na internet. Além disso, é necessária a homologação da inscrição pela UEZO de acordo com as orientações encontradas na página http://www.uezo.rj.gov.br/propesq/iniciacaocientifica/bolsa-sanduiche-index.html
Para concorrer é preciso ter nota global no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) igual ou superior a 600 pontos, em exames feitos a partir de 2009, apresentar teste de proficiência no idioma aceito pela instituição de destino e ter concluído no mínimo 20% e no máximo 90% do currículo previsto para o curso no momento do início previsto da viagem de estudos.
Os estudantes selecionados recebem uma mensalidade na moeda local, auxílio-instalação, seguro-saúde, auxílio-deslocamento para aquisição de passagens aéreas e auxílio-material didático para compra de computadores portáteis ou tablets.
01/09/2014 16h45m
Estudantes interessados em participar o programa de intercâmbio devem se preparar!
A Coordenação Institucional do programa Ciência Sem Fronteiras está prevendo para a segunda quinzena de agosto o lançamento de oportunidades de vagas para diversos países.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) prevê a abertura de chamadas para: Canadá (1180 vagas); Reino Unido (1813 vagas); Austrália (945 vagas); Espanha (733 vagas); Holanda (261 vagas); Coreia do Sul (133 vagas); Bélgica (54 vagas); Nova Zelândia (47 vagas); Finlândia (40 vagas) e Polônia (30 vagas).
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) poderá abrir chamadas para: Estados Unidos (5500 vagas); França (1000 vagas); Alemanha (1000 vagas); Itália (1000 vagas).
O calendário programado, que será confirmado em breve, é:
- Período de inscrição: De 16/08/2014 a 30/09/2014
- Resultado final: março/2015
- Início das atividades no exterior: setembro/2015
Os alunos da UEZO devem entrar em contato com a Coordenação de Iniciação Científica, pelo email coordict@uezo.rj.gov.br e visitar o site da UEZO no link < Pesquisa e Pós-graduação / Iniciação Científica > onde encontrarão as orientações para participação.
04/08/2014 13h00m
Universidade britânica reclama de falta de dedicação de estudantes brasileiros do Ciência sem Fronteiras
O Globo – 17/9/2014
RIO - A Universidade de Southampton, no Reino Unido, reclamou da falta de dedicação de estudantes brasileiros bolsistas do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF). No último fim de semana, os bolsistas na instituição receberam um e-mail da Science without Borders UK (SWB UK), parceira internacional do programa no Reino Unido. A mensagem, à qual a Agência Brasil teve acesso, dizia que a instituição cogitou "deixar de oferecer estágios para estudantes no futuro". O estágio é um componente central da bolsa e também um elemento obrigatório.
O e-mail, enviado sábado (13) a todos os bolsistas na instituição, diz que o SWB UK foi "contactado pela Universidade de Southampton devido ao número considerável de reclamações das faculdades em relação ao comparecimento e à aplicação nos estudos". Outro trecho diz: "é muito decepcionante, para nós, ouvir da universidade que os resultados têm sido bastante baixos e que [os estudantes] não têm se esforçado. Eu entendo que isso não se aplica a todos vocês, no entanto, para aqueles [que estão nessa situação], gostaria de pedir que se esforcem mais e que cumpram todos os compromissos firmados, incluindo reuniões com o supervisor do projeto para monitorar o progresso."
Na mensagem, o SWB UK informa ter pedido à universidade os nomes dos bolsistas que não estão se dedicando o suficiente. Existe a possiilidade de eles terem que devolver o que receberam do programa. A universidade, localizada na cidade de Southampton, na costa sul do Reino Unido está no topo de rankings de instituições voltadas para a pesquisa. No ano passado, recebeu 38 estudantes brasileiros pelo CsF – a mensagem foi endereçada a eles. No final deste mês, a instituição recebe, por mais um ano, 33 alunos brasileiros.
Denise Leal foi uma das bolsistas que receberam o recado. "Eu achei ofensivo ter recebido [a mensagem] porque realmente tive comprometimento com o programa, mas entendi a intenção deles. A maioria dos estudantes que estão participado do programa não se engaja muito porque o governo [brasileiro] não exige nada em troca. Não cobra nada!", disse Denise, que cursa engenharia civil. "A gente foi meio que solto aqui. Quer estudar, estuda. Não quer estudar, viaja, porque o governo paga e não cobra resultado. O dinheiro dá e sobra, então eles preferem viajar e faltar às aulas porque não tem presença, chamada", acrescentou.
Procurada pela Agência Brasil, a SWB UK respondeu que o e-mail "não deveria ter sido enviado a todos os alunos da universidade, que foi um erro administrativo". A instituição parceira do CsF ressaltou que os estudantes brasileiros têm um "impacto positivo" nos campi e que, frequentemente, as universidades britânicas os elogiam: "muitos já ganharam prêmios e recompensas, enquanto outros tiveram destaque nos meios de comunicação, tanto no Reino Unido como no Brasil. Muitos estão firmando parcerias de pequisas de longo prazo."
De acordo com o site do programa, o Reino Unido é o segundo na lista de destinos preferidos pelos candidatos às bolsas. São quase 9 mil bolsas implementadas, entre estudantes de graduação e pós. Segundo a SWB UK, mais de 100 instituições as que recebem esses alunos. Os Estados Unidos aparecem no topo da lista de países, com mais de 20 mil bolsas concedidas.
O CsF foi lançado em 2011, com o objetivo de promover a mobilidade internacional de estudantes e pesquisadores e incentivar a visita de jovens pesquisadores altamente qualificados e professores seniores ao Brasil. Oferece bolsas, prioritariamente, nas áreas de ciências exatas, matemática, química e biologia, engenharias, áreas tecnológicas e da saúde. A meta é oferecer 101 mil bolsas até o final deste ano. A partir do ano que vem, começa uma nova segunda etapa, com mais 100 mil bolsas, que devem ser implementadas até 2018.
Os casos de estudantes que usam o dinheiro da bolsa para fins não acadêmicos não se restringem, entretanto, a Southampton.
A falta um controle rígido das atividades do programa foi constatada também pelo estudante de medicina Mário Henrique Vasconcelos. "Eu fazia as provas das matérias que queria. Se não quisesse fazer prova de uma determinada disciplina, era só comunicar. Não tinha nenhuma cobrança por parte do Brasil. No retorno, só precisei provar que voltei", contou Mário Henrique, que estudou na Universidade de Munique, na Alemanha. Ele disse que conhece "gente que não foi a uma aula sequer".
"Eu diria que mais de 50% dos bolsistas não levavam aquela oportunidade a sério. Tanto que eu saí da Austrália com vergonha de dizer que fazia parte do programa", lembrou Carolina Del Lama Marques, que estudou ciências biológicas na Universidade de Queensland, em Brisbane, na Austrália. "Acabei até evitando estar no meio dos brasileiros do programa, pois muitos deles falavam abertamente que estavam ali para viajar e aproveitar o dinheiro da bolsa. Eu também viajei e acho que isso é uma parte muito importante do intercâmbio, mas não me impediu de pegar matérias puxadas, que só teria oportunidade de fazer lá, de trabalhar em laboratórios de pesquisa reconhecidos no mundo todo e de fazer contatos importantes."
Apesar de terem constatado que havia falta de dedicação de alguns alunos, os dois estudantes consideraram a experiência do Ciência sem Fronteiras decisiva na vida profissional e que cumpriram com todas as atividades acordadas.
O governo foi procurado, e a resposta coube ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que controla as bolsas oferecidas no Reino Unido. Segundo a autarquia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o programa trabalha no exterior com "parceiros internacionais capacitados", aos quais cabe "fazer o acompanhamento dos estudantes quanto a problemas de relacionamento com a universidade, de adaptação à cultura, problemas de saúde e de desempenho acadêmico". Isso ocorre em todos os países conveniados ao CsF.
Leia mais:http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/universidade-britanica-reclama-da-falta-de-dedicacao-de-estudantes-do-ciencia-sem-fronteiras-13959368#ixzz3DZuzgyFM
18/09/2014 12h20m
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