02/05/2014 16h40m
O
estudante Stênnio Farias está participando do
programa Ciência sem Fronteiras desde o ano passado.
Confira a entrevista que Stênnio concedeu à
Assessoria de Comunicação da UEZO via internet.
–
Em que período e curso estava matriculado na
UEZO quando começou o intercâmbio? Onde está
estudando agora?
Stênnio: Estava cursando
o 6° período de Ciências Biológicas quando
cheguei aqui na universidade de Rennes, na
Bretanha (França). Foi no dia 4 de julho de
2013. Escolhi a França porque precisava melhorar
na Língua pra avançar em uns projetos que tinha.
-
Como foi o processo de seleção para participar
do Ciência sem Fronteiras?
Stênnio: O processo de
seleção consistiu basicamente em enviar a
documentação solicitada em edital. O mais
importante foi enviar certificado de
proficiência na língua, histórico escolar para
apreciação e solicitar homologação da
candidatura à coordenadora responsável pelo
programa na UEZO, prof. Cristiane Victório.
–
E como é sua rotina em Rennes?
Stênnio: A rotina aqui é
bem puxada. As aulas são extensas e boa parte do
tempo livre tem de ser usado pra fazer
atividades extras e principalmente revisar as
aulas. É mais difícil quando a aula é muito
longa ou numa língua estrangeira.
|
Stênnio Farias
|
-
Quais disciplinas você cursa em Rennes?
Stênnio: Curso disciplinas bem
direcionadas à fisiologia humana: fisiologia geral,
fisiologia da reprodução, comunicação celular,
enzimologia, apoptose, ciclo celular e envelhecimento;
mas também curso outras não tão específicas, como
bioinformática e bioestatística. É no curso de
Biologia mesmo.
-
Você acha a pesquisa francesa avançada na área da
Biologia?
Stênnio: A França tem linhas
de pesquisa bem avançadas sim. O Instituto Pasteur, em
Paris, é referência em pesquisas microbiológicas. O
próprio Oswaldo Cruz chegou a estudar lá por três
anos, foi o primeiro brasileiro a ingressar na
instituição.
- O que mais está gostando dessa experiência no
exterior?
Stênnio: A oportunidade de
conhecer novas culturas e praticar outros idiomas é
inigualável. Cada estrangeiro te apresenta um mundo
diferente.
– Teve dificuldades quando chegou na França? Quais?
Stênnio: Sem dúvida. A
comida, o ritmo das aulas, as cobranças da faculdade e
até mesmo o jeito com que as pessoas se relacionam são
diferentes. A língua e a comida são as maiores
barreiras. No começo é bem comum os estrangeiros
ficarem mais juntos, já que todos têm mais ou menos as
mesmas dificuldades. Depois de um tempo tudo se
encaminha bem, mas ficar sem o feijãozinho nosso de
cada dia faz falta.
– Do ponto de vista acadêmico, como é estudar fora?
Stênnio: É muito enriquecedor
poder estudar em um lugar com uma infraestrutura
melhor. Aqui a parte experimental é mais presente e os
laboratórios são mais bem-equipados. Ainda assim, as
aulas teóricas dos professores brasileiros são mais
didáticas e dinâmicas.
– E do ponto de vista profissional?
Stênnio: Acredito que esse
intercâmbio acrescentou muito ao meu currículo. Além
da experiência acadêmica propriamente dita eu ainda
pude aprimorar meu inglês, meu francês e meu espanhol,
aprendendo com nativos. Acredito ser um diferencial
importante.
- Quais as diferenças que você percebe entre o
estudo dentro e fora do Brasil?
Stênnio: O Brasil está num
meio-termo. Temos menos apoio para estudar que em
alguns países, mas também temos mais apoio que em
outros. Conheci pessoas que sonham em ir para o
Brasil, buscando condições melhores de estudos, assim
como nós buscamos condições melhores em países
"desenvolvidos".
– Pretende concorrer a outras oportunidades de
intercâmbio?
Stênnio: Sim. Há tempos venho
me preparando para um intercâmbio no Japão. Pretendo
concorrer a uma bolsa na pós-graduação.
Os alunos interessados em participar do programa Ciência
sem Fronteiras devem entrar em
contato com a Coordenação
de Iniciação Científica, pelo
telefone 2333-6962
ou pelo e-mail
cristianevictorio@uezo.rj.gov.br. Para outras
informações, acesse o site da UEZO.
|